quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sonho e exclusão na era tecnológica

Os problemas energéticos e de matérias-primas são heranças da sociedade industrial que se agravaram pelo crescimento populacional e pelo aumento do consumo. A atual sociedade tecnológica, ou da informação, concebe equipamentos que poupam energia, e assim percebemos o sentido sistêmico da vida e, principalmente, a necessidade de uma ética da relação do ser humano com a natureza.
Há meio século se compreendeu que todos os seres se desenvolvem de uma longa molécula o seu DNA, que determina suas características. Uma metáfora possível é considerar os DNAs como a “receita por escrito” de cada ser vivo, as “frases” seriam os genes, sequências intermediárias dessa macromolécula, e haveriam também  “palavras de três letras”- cada letra correspondente a compostos orgânicos específico - traduzidas por um código genético que determina os aminoácidos presentes nas proteínas .
Já se sabe que o código genético é o mesmo para todas as formas de vida na terra. O que se está fazendo hoje, a partir desse conhecimento, é a manipulação das “receitas” da vida: pode-se corrigir ou prevenir uma doença herdada por meio de terapia gênica; criar clone de um organismo, inserindo sua “receita” em uma célula que se torna capaz de reconstituir  o individuo; criar um organismo transgênico, quando se introduzem genes de uma espécie em outra espécie.
Os benefícios, riscos e aspectos éticos dessas atividades nem sempre são completamente avaliados, como no caso dos alimentos transgênicos. À medida que se decifra o genoma humano, por exemplo, surgem questões éticas como: Quem pode ter acesso às informações genéticas de um indivíduo? É aceitável que pais escolham características genéticas de seus filhos? Como impedir a discriminação de indivíduos com probabilidade de apresentarem doenças genéticas?
Precisamos equilibrar esse desenvolvimento, lembrando também que o mundo está cada vez mais interligado, e nosso destino de progresso ou de exclusão social não se separa do futuro dos demais povos.
 

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